Estudos sobre o café. Essa bebida tomando corretamente pode-se tornar um aliado a sua saúde.
Quem não gosta de um bom café? Que gosto tem o Brasil?
Se você nem parou para pensar e já disse café, acertou em cheio. O consumo desta bebida é o grande destaque na mesa dos brasileiros, de acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE, finalizada em julho de 2011 - nem a mesmo a dupla formada por arroz e feijão é capaz de desbancar as xícaras com aroma de fazenda
As dúvidas sobre o assunto, no entanto, às vezes tornam a pausa para o cafezinho num dilema. Medo de perder o sono, interferência da cafeína nos resultados do treino e até associação da bebida com o surgimento de algumas doenças estão entre as polêmicas. "Existem muitas pesquisas sobre o assunto e algumas trazem resultados conflitantes", afirma a endocrinologista Claudia Chang, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
O único consenso, por enquanto, estabelece a quantidade máxima recomendada por dia: de 300 a 400mg de cafeína, equivalentes a três ou quatro xícaras médias de café coado, ou a metade disso na versão expressa, que é mais concentrada. Limitando-se a essa dose, você aumenta suas chances de potencializar os efeitos positivos do café sem sofrer com os eventuais riscos dos exageros. Veja abaixo relações recentes que os pesquisadores descobriram entre o delicioso café e a saúde de quem não abre mão deste prazer.
O café pode proteger contra o câncer?
As pesquisas divergem sobre o assunto. Mas há estudiosos já totalmente convencidos de que o café é capaz de proteger contra câncer de fígado, rim, colo-retal e câncer de mama no período da pré-menopausa. "O café é rico em antioxidantes, substâncias que promovem a renovação celular e ajudam o organismo a combater doenças, incluindo o câncer", afirma a endocrinologista Claudia Chang.
Cafeína acelera o ganho de massa muscular?
A cafeína acelera a perda de gordura, e não o ganho de massa muscular. Isso acontece porque o café é uma bebida termogênica, ou seja, tem capacidade de aumentar o metabolismo basal e obrigar o corpo a gastar mais energia.
Café ajuda na prevenção do Alzheimer?
Já foi comprovado que a cafeína age como protetora do organismo contra o Alzheimer e outras demências. A explicação para o feito ainda não é clara: por enquanto, a ação antioxidante e anti-inflamatória da bebida competem pela atenção dos cientistas.
Mas há outra hipótese sendo testada: a cafeína estimularia a produção e a renovação do líquor, liquido que irriga o cérebro. "Conforme a idade avança, a produção deste líquido diminui. Com isso, as substâncias tóxicas demoram mais tempo para serem eliminadas e podem surgir danos no cérebro", explica a endocrinologista.
O café ajuda a tratar doenças do fígado?
O consumo acima de três copos diários de cafeína diminuiria a progressão da fibrose do fígado, potencializando o efeito dos medicamentos usados para restaurar o funcionamento da glândula, segundo pesquisa publicada na Revista Cientifica de Hepatologia, do Reino Unido. A quantidade acima do recomendado, entretanto, pode trazer outros riscos, como:
- Elevação da pressão arterial (pessoas hipertensas devem evitar consumir mais de 500mg/ dia de cafeína);
- Arritmia cardíaca: a cafeína aumenta a frequência cardíaca;
- Piora de quadros gástricos, como refluxo e gastrite, porque a cafeína irrita o sistema digestivo, principalmente quando o consumo é em jejum;
- Dificuldade para absorção do cálcio, pois a cafeína reduz a absorção intestinal desse mineral , contribuindo para o aparecimento da osteoporose.
O café pode ajudar a prevenir depressão?
O consumo de cafeína diminui a inflamação na área do cérebro responsável pelas emoções, problema relacionado à depressão. "O café contém boas doses de ácido clorogênico, substância de conhecida ação anti-inflamatória, também encontrada em vegetais amarelos ou avermelhados, como tomate, cenoura, pimentão, abacaxi e morango", afirma a endocrinologista da SBEM.
O nutrólogo Roberto Navarro explica que pessoas mais predispostas à depressão por queda de neurotransmissores como dopamina e noradrenalina (responsáveis pela atenção, cognição e bem-estar mental) têm uma aliada na cafeína. "A cafeína aperfeiçoa a ação desses neurotransmissores", afirma o especialista. "Mas é preciso ter cuidado com a dose, porque o excesso está associado à ansiedade".
Café é capaz de prevenir doenças do coração?
Sim, provavelmente por conta de seu efeito anti-inflamatório, que deixa as veias livres para o sangue circular. Mas atenção: a proteção cai por terra caso o consumo de café ou outras substâncias ricas em cafeína (como chá mate, chá preto e refrigerantes de cola) alcance mais de 800mg/dia cafeína.
O café interfere nos níveis de colesterol?
Os especialistas orientam evitar o consumo do expresso, que possui cafestol, capaz de elevar os níveis de colesterol - essa substância sequestra os receptores do intestino responsáveis por manter essas taxas estáveis. Quando o café é coado, essas substâncias ficam retidas no filtro de papel e o efeito é cortado.
Os especialistas orientam evitar o consumo do expresso, que possui cafestol, capaz de elevar os níveis de colesterol - essa substância sequestra os receptores do intestino responsáveis por manter essas taxas estáveis. Quando o café é coado, essas substâncias ficam retidas no filtro de papel e o efeito é cortado.
Crianças podem tomar café? E gestantes?
As crianças podem tomar café, desde que não ultrapassem 45mg/dia (cerca de meia xícara). O sistema neurológico infantil é mais sensível e o excesso de cafeína pode prejudicá-lo. "Mas, mantido este cuidado com a quantidade, o café pode aumentar a concentração e a disposição mental, ajudando crianças com déficit de atenção", afirma o nutrólogo.
Embora o consumo de cafeína não esteja relacionado à má formação ou retardo do crescimento uterino, o ideal é que a gestante não consuma quantidades muito altas de cafeína, sendo o limite seguro de 300mg/dia, isso por que o consumo excessivo de café pode levar à perda de peso da gestante e do feto.
As crianças podem tomar café, desde que não ultrapassem 45mg/dia (cerca de meia xícara). O sistema neurológico infantil é mais sensível e o excesso de cafeína pode prejudicá-lo. "Mas, mantido este cuidado com a quantidade, o café pode aumentar a concentração e a disposição mental, ajudando crianças com déficit de atenção", afirma o nutrólogo.
Embora o consumo de cafeína não esteja relacionado à má formação ou retardo do crescimento uterino, o ideal é que a gestante não consuma quantidades muito altas de cafeína, sendo o limite seguro de 300mg/dia, isso por que o consumo excessivo de café pode levar à perda de peso da gestante e do feto.
Café realmente tira nosso sono?
Sim. Isso acontece porque o consumo de cafeína bloqueia a ação de um componente químico do cérebro, que determina a necessidade de sono e desperta a vontade de dormir. "Os efeitos da cafeína persistem por quatro a seis horas após o consumo. É preciso ter isso em vista para que uma xícara de café não se transforme em gatilho para a insônia", afirma a endocrinologista.
Sim. Isso acontece porque o consumo de cafeína bloqueia a ação de um componente químico do cérebro, que determina a necessidade de sono e desperta a vontade de dormir. "Os efeitos da cafeína persistem por quatro a seis horas após o consumo. É preciso ter isso em vista para que uma xícara de café não se transforme em gatilho para a insônia", afirma a endocrinologista.
Fonte: Minhavida.com.br
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