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O quarto dia de São Paulo Fashion Week teve o aguardadíssimo Alexandre Herchcovitch (só feminino), Amapô, a mineirinha Juliana Jabour, Osklen, a moda festa de Samuel Cirnansck, Colcci e o desfile "virtual" de Vitorino Campos.


Quem diria que aquele menino, famoso pela sua estética rock 'n roll cheia de caveiras, iria criar uma moda tão feminina e delicada? No auge de sua maturidade artística, Alexandre Herchcovitch nos traz mais uma coleção pra ninguém botar defeito. Quase todos os modelos foram em preto e branco, alguns em cinza e outros em púrpura. Mas, já que o P&B parece ter mesmo dominado esta temporada, Herchcovitch mostra um jeito bem criativo de usá-lo, como na estampa de zebra menos literal do que a que estamos acostumados a ver. Bem interessantes também foram as criações com a estampa riscadinha em preto e branco, quase semelhantes aos traços que se faz com lápis. 


Posso dizer seguramente que a coleção da Amapô foi a que menos gostei até agora. Mais uma vez ressalto que isto é questão de gosto e, já que este é um blog, posso exprimí-lo; o que não quer dizer que o trabalho é ruim (até porque não sou nenhuma grande especialista). Mas, (pessoalmente, de novo) acho bacana que a moda brasileira, neste período de amadurecimento, esteja se voltando para coisas mais comerciais, mais "usáveis", do tipo que saem da passarela diretamente para as araras da loja. O que não me parece ser o caso aqui. A inspiração foi o fundo do mar, com suas sereias e seres misteriosos, e entendo que seja uma opção da marca mostrar isso de forma mais conceitual. Nos looks masculinos até que algumas coisas funcionaram; nos femininos, nem tanto. Minha opinião! Use o formulário de comentários lá no final do post pra me dizer se você concorda ou discorda, rs!

A estilista mineira Juliana Jabour trouxe uma moda com aparência de super confortável. Não me entenda mal: nada de roupas largas ou excessos; pelo contrário, foi uma estética bem feminina e com as proporções devidas. É que nós, mulheres, infelizmente temos o hábito de priorizar a beleza ao conforto, tudo em nome de um visual bacana, mesmo em pleno século XXI. Mas, se pudermos aliar elegância e conforto, como a sensação que me passou esta coleção, melhor ainda, não? Branco, preto, prata/cinza dominaram a cartela de cores. E até eu, que sempre detestei tie-dye, curti este de Juliana; talvez pela delicadeza incomum a este tipo de proposta, talvez pela cor, um rosinha delicado. 


Oskar Metsavaht usou como ponto de partida para o verão da Osklen a estética das pedras precisosas, semipreciosas, e até das brutas, seja o formato, cor e até o brilho. Muito legal a criação de formatos tropicais com o shape das pedras, como o abacaxi e o coqueiro. Foi uma das únicas coleções até agora que trouxeram muita cor: azul, vermelho, laranja, amarelo, verde. Tecidos nobres e brilhantes como seda e organza contrastaram com materiais orgânicos como a seda orgânica e a artesanal.


É incrível como praticamente tudo pode inspirar um estilista. Nesta coleção, Samuel Cirnansck usou o período de vida da flor para construir uma belíssima coleção. Nesta, vale realmente usar a ferramenta de zoom do site FFW para ver os detalhes, que são muitos, mas delicados. O desfile começou com a "flor em botão", com saias mais contidas e, no decorrer dele, a flor foi desabrochando, resultando em modelos cheios de volume, com camadas sobrepostas e babados. E, ao final, a modelagem volta a diminuir, representando a flor murchando, morrendo. Achei linda a forma como ele interpretou tudo isso através do design, e este é um desfile que vale muito a pena ver completo para observar a criação. Também gostei bastante das cores e do tecido, seda comprada na Índia.




Bastante comercial, como sempre, a Colcci traz uma daquelas coleções em que a gente gostaria de poder usar tudo. Também veio com forte aposta no preto e branco, com pitadas de amarelo, verde e azul. A única questão desnecessária foi o desfile de 71 looks. Pra quê, gente? Alguns eram bem parecidos entre si, o que reforça o fato de que, ainda que bacanas, se torna cansativo ver tantos assim (para efeito de comparação, algumas marcas desfilam apenas 20). Izabel Goulart, com seu corpo tapa na cara da sociedade, o ator Paul Walker e a modelo Erin Heatherton foram os destaques do casting. Curti todos os modelos listrados, em tecidos mais transparentes para as meninas e mais encorpados para os homens. Os modelos em branco total também estavam fofos, bem de menininha. Destaque ainda para alguns casaquetos e este blazer verde (foto).


O estilista baiano Vitorino Campos optou por apresentar sua coleção em uma plataforma digital. Me lembro de ter visto algo com esta proposta em janeiro de 2010, da OEstudio, que, creio, foi o primeiro desfile em vídeo no Brasil. Mas era mais "viajandão", se podemos chamar assim. Vitorino fez um desfile mesmo, exatamente como é na passarela. Gostei dos tecidos com brilho e da estética meio oriental, especialmente nos conjuntos de túnica e calça. Curti também os casacos, desses que são quase blusas, já que você não precisa usar nada embaixo. Não sei se todas as peças tinham exatamente cara de verão, mas foi um bonito desfile. Destaque para os vestidos de renda bordada do final da apresentação. Mais uma vez optei por inverter as coisas e colocar o primeiro desfile por último, para que vocês possam ver o vídeo:

                 

Para ver o desfile completo de cada marca clique nos links abaixo:


Hoje, último dia da semana de moda paulista, tem Uma Raquel Davidowicz, Têca por Helo Rocha, R. Rosner e Lino Villaventura. Acompanhe mais novidades pelo Facebook do Um Dia Serei Diva

Beijos,

Fotos: Agência Fotosite



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