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O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) do Ministério da Saúde indica que o Rio Grande do Sul ocupa o primeiro lugar no ranking nacional do excesso de peso. Conforme dados coletados ao longo do ano passado pelo sistema informatizado de monitoramento das condições alimentares da população, 57,8% dos gaúchos com idade entre 20 e 60 anos estavam acima do peso recomendado para a altura.

Os números do Sisvan são coletados entre a população atendida em unidades básicas de saúde de todo o país. Os profissionais de saúde registram as informações de peso e altura e repassam os dados para as prefeituras, que abastecem o sistema nacional capaz de emitir relatórios com base em critérios como faixa etária e região do país. No ano passado, foram lançados no Sisvan informações sobre 178,6 mil gaúchos - dos quais 31,8% estavam com sobrepeso, e 26% já eram considerados obesos (índice de massa corporal mais elevado).

Como o sistema ainda é novo e muitos municípios recém começam a lançar os dados de sua população local, porém, os dados são considerados parciais pela Secretaria Estadual da Saúde. Além disso, como famílias de maior poder aquisitivo costumam procurar atendimento na rede particular, acredita-se que a situação real pode ser ainda mais grave. Diferenças no padrão de alimentação dos gaúchos em relação ao resto do país podem ajudar a explicar esse desempenho.

Conforme dados de uma pesquisa do IBGE com dados referentes ao período 2002/2003 (último período disponível), os gaúchos consumiam ao longo de um ano 42 quilos de cereais e leguminosas - classes de produtos considerados saudáveis e que incluem o tradicional feijão com arroz. Essa quantidade deixa os gaúchos em um acanhado 15º lugar no ranking dos Estados e seis quilos abaixo da média do país.

Campeões na hora dos doces

Em compensação, a mesma tabela indica que o Rio Grande do Sul fica na primeira posição do ranking de consumo de doces e produtos de confeitaria, com 3,8 quilos, e de ingestão de refrigerantes, com 38,9 litros.

- Na última década, aumentou muito o consumo como biscoitos, balas. Além disso, temos uma ascendência das classes C e D, que passaram a consumir mais produtos industrializados e calóricos - avalia o professor do Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Julio Alberto Nitzke.

Conforme o coordenador da Política de Alimentação e Nutrição da Secretaria Estadual da Saúde, Paulo Henkin, o Estado procura monitorar o nível de sobrepeso da população e propor ações de educação alimentar por meio das 19 coordenadorias regionais de saúde a fim de evitar uma epidemia calórica.

Fonte: Zero Hora

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